Síndrome do Pânico

Síndrome do Pânico

Ansiedade Generalizada

Ansiedade Generalizada

Transtorno Obsessivo Compulsivo

Transtorno Obsessivo Compulsivo

Fobia Social

Fobia Social

Fobia Específica

Fobia Específica

Transtorno do Estresse Pós-Traumático

Transtorno do Estresse Pós-Traumático

Agorafobia

Agorafobia

Transtorno Depressivo Maior

Transtorno Depressivo Maior

Distimia

Distimia

Transtorno Bipolar

Transtorno Bipolar

Transtorno Ciclotímico

Transtorno Ciclotímico

Depressão Pós-Parto

Depressão Pós-Parto

Tensão Pré-Menstrual

Tensão Pré-Menstrual

Frame

Síndrome do Pânico

Definição

É um transtorno onde há descarga de noradrenalina na circulação, ocorrendo crises de extrema ansiedade, com duração de até 20 - 30 minutos levando o indivíduo a um medo intenso. Apresenta sintomas como: taquicardia (aceleração dos batimentos cardíacos), sudorese, calafrios, formigamentos em pernas e braços, tontura, ondas de frio e de calor, etc. Acredita que vai ficar louco, ter um ataque cardíaco ou morrer.

As crises aparecem subtamente e são muito angustiantes.

É semelhante à "reação de luta ou fuga" normal, onde diante de um perigo temos uma ativação do sistema nervoso autônomo simpático com liberação de noradrenalina. Assim, o sangue, pela vasoconstrição, é desviado dos outros órgãos para chegar ao cérebro e músculos rapidamente, a fim de preparar o organismo para correr ou enfrentar o perigo.

Os ataques de pânico são recorrentes e levam ao medo excessivo de apresentar outra crise.

Após apresentar uma crise de pânico em determinado lugar - dentro de um elevador, em pontes, transporte público, enquanto dirige, etc. - o indivíduo pode desenvolver medos irracionais (fobias) destas situações. Desenvolve-se ansiedade antecipatória que é a ansiedade pelas situações que vão ocorrer no futuro e o indivíduo começa a evitá-las. Pode chegar ao extremo do indivíduo não sair mais de casa, a não ser acompanhado.

Na maioria dos casos, desenvolve-se, então, a agorafobia (medo de espaços abertos onde a ajuda possa não ser possível).

Os ataques de pânico tem freqüência variável, podendo ocorrer várias vezes num dia ou passar semanas ou meses sem crises.

Diagnóstico

Presença de ataques de pânico (crises de intensa ansiedade e medo, recorrentes e inesperadas) seguidas de pelo menos um mês de preocupação em ter outro ataque, medo das consequências ou de mudanças de comportamento relacionadas a eles.

Seus sintomas principais são:

  • Ataques de Pânico inesperados e recorrentes
  • Aceleração dos batimentos cardíacos
  • Sensação de formigamento nos membros ou em todo o corpo
  • Transpiração excessiva
  • Tremores
  • Diarréia
  • Sensação de sufocamento, dificuldade para respirar
  • Dor ou desconforto no peito
  • Náusea
  • Tontura
  • Ondas de frio ou calor
  • Sensação de desmaio
  • Sensação de que vai perder o controle ou de ficar louco
  • Medo de morrer associado a pavor
  • Despersonalização (a pessoa não se sente ela mesma)
  • Desrealização (o mundo que o cerca parece outro, diferente, estranho)
  • Sensação de instabilidade

A pessoa geralmente vive apreensiva, ansiosa e com medo de passar por todo aquele sofrimento novamente.

Os ataques não são devido a doenças físicas ou a intoxicação por drogas ou a outros distúrbios de ansiedade.

Diagnóstico Diferencial

Há a necessidade de se fazer o diagnóstico diferencial com outras doenças físicas, como:

  • Doenças cardíacas
  • Infecções
  • Meningites
  • Distúrbios hormonais
  • Epilepsia
  • Bronquite asmática
  • Alterações vestibulares
  • Uso de substâncias como: cocaína, anfetaminas, cafeína, alucinógenos, maconha, certos medicamentos, álcool e outros.

Possíveis Causas

Provavelmente há uma descarga de noradrenalina do Locus Ceruleus, um núcleo de células nervosas localizado na Ponte (região do cérebro).

Além disso, os comportamentalistas acreditam que haja um condicionamento entre a crise de pânico e um estímulo que se torna fóbico.

Para os psicanalistas, um material proibido reprimido no inconsciente é trazido para a consciência abruptamente, devido a um afrouxamento da censura, levando a medo e ansiedade extrema.

Não só o desequilíbrio bioquímico, alteração da serotonina e noradrenalina, mas também os fatores psicológicos, sociais e ambientais contribuem no desenvolvimento da síndrome.

É comum a busca de Pronto Socorros devido ao grande mal estar, medo de estar infartando devido à taquicardia provocada pela crise ou pelo medo de estar morrendo.

O sofrimento e mal-estar são intensos e traumáticos.

Ocorre principalmente em jovens de 20 a 40 anos.

Tratamento

O controle das crises se faz com antidepressivos e tranqüilizantes em segunda escolha, pelo potencial de adição. Evita-se cafeína e outros estimulantes.

Os antidepressivos preferenciais são os inibidores da recaptação da serotonina (IRSS) e os tricíclicos.

A psicoterapia cognitiva comportamental e a dinâmica são também fundamentais.

  1. DSM-IV _ Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders - Fourth Edition
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